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23 Julho 2008 às 18:46

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c. civil, adopção, c.r.p.

uma opinião

 


Post convidado: O casamento entre pessoas do mesmo sexo


Publicado dia 23/07/2020 às 06:46


O texto que segue é da autoria de Jaime Roriz

Sobre o casamento entre pessoas do mesmo sexo, eu tenho uma opinião “sui generis”:

1) Sou pela liberdade e por isso bater-me-ei sempre pela liberdade de cada um fazer o que muito bem entender da sua vida.
2) O casamento entre pessoas do mesmo sexo corresponde a uma realidade da sociedade portuguesa a que o direito tem que dar tutela.
3) Do ponto de vista do direito não podem haver diferenças entre os casais do mesmo sexo ou de sexos diferentes.
5) Relaciono-me da mesma forma com todo o tipo de pessoas e recebo em minha casa toda a gente de bem.
4) (e aqui está o sui generis) Não acho que a homossexualidade exista. As pessoas fazem o que querem nas suas vidas sendo que as pessoas saudaveis a esmagadora maioria das vezes são atraídas por pessoas do sexo oposto, mas estou fortemente convicto que todos nós, sem excepção, nos teremos uma ou outra vez sentido atraídos por pessoas do mesmo sexo. Alguma cultura, no esforço de ser diferente, conseguiu fazer dessa atitude saudavel um tema para criar um subgrupo que não existe.
5) Dada a circunstância do ponto 4), fica-me muito dificil defender uma posição - completamente fora do âmbito do Direito - que ainda por cima é politicamente incorrecta.
6) Pelo acima exposto sou contra a legalização dos casamentos homossexuais,pois isso iria criar um grupo que não existe. O legislador deveria retirar o texto da lei a expressão “sexo diferente” de dois artiguinhos do Código Civil e da lei da adopção e ficava tudo resolvido.
7) Se há algo que preso muito é a minha liberdade sexual. Quer dizer, faço o que quero, quando quero, com quem quero e não tenho que dar contas disso a ninguém (exceptua-se a protecção àqueles que não têm capacidade de dar consentimento) (na verdade sou um homem casado profundamente apaixonado pela minha mulher e de uma fidelidade canina mas vivi solteiro mais de uma dezena de anos). Se o legislador vier regular aquilo que posso ou não posso fazer na minha alcova já sei que a seguir hão-de aparecer grupos a dizer que cada posição deve ser alvo de regulamentos, depois vão achar que não se deve fazer de manhã, outros acharão que não pode ser com a luz apagada e lá se vai a minha liberdade pelo cano.

1 opinião ↓

#1 Noblesse Oblige em 07.25.08 às 14:10

Caro senhor,
Todos preferimos um homofóbico frontal a um falso politico.
Tem todo o direito!
Mas, deixe que lhe diga, que nem de só maiorias se faz o mundo em que vivemos. E todos os subgrupos estarão incluídos, mais tarde ou mais cedo. É uma das vantagens de estar na UE, é de lá que ditam as leis.
Por isso, pode ficar tranquilo que os terá: Os casamentos LGBT.
Quanto à falta de informação que demonstra, misturando o conceito de sexualidade epicuresca com uma opção que é também e sobretudo politica. Deve-se também à falta de trabalho das associações respectivas que deviam dar visibilidade. Enfim, também já não vivemos o Personal is Political dos anos setenta.
Estamos todos num “cenário” de parecer, mais do ser: tolerante, “de bem”, honesto…
Por isso, o meu aplauso à sua frontalidade, à outrance.

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